A vinte e oito anos

Sai pela vida sem rumo nem chão

Deixei par traz meu filho ainda bebe

Com seis meses de vida, no colo de uma
mãe,

Adolescente, assustada e pressionada,

E comigo revoltada…

Muito chorei,

Muitas saudades,

E uma dor sem fim!

A vinte e oito anos

Sai pela vida, sem dinheiro,

Sem comida caminhei pelo asfalto

Indo de Porto Alegre até Estrela, de
onde,

Ganhei carona Com destino a Passo Fundo,

Segui assim, nas asas de um anjo negro,

E desde então outra vida abriu-se na minha
vida.

Sim deixava para traz minha

Vida e meu mundo, nos braços e nas
lágrimas,

Da mulher da minha vida,

Que hera ainda uma menina.

Meu filho, te amo!

Meu amigo, te amo!

Meu herói, te amo!

Não te vi crescer, mas te amo!

Não ouvi tua primeira risada, mas te
amo!

Não te amparei no primeiro tombo, mas te
amo!

Não assisti seus primeiros passos, mas
te amo!

A vinte e oito anos,

Te amo, meu filho querido.

Hoje você é um homem, dono,

De um coração gigante… Embebido

No Amor ainda pulsante e vivo,

Entre sua mãe e eu!

Afastaram nos três magoaram

E maltrataram nossos corações

Mas nossos amores nunca mataram!

Meu filho parabéns e feliz aniversário,

José Ignácio Godoy

Bruxo Godoy

A MORTE É O MELHOR PONTO DE REFERENCIA ATÉ O CEMITÉRIO