Já perdi a conta dos sapatos
Botas, botinas e coturnos que calçaram
E protegeram meus pés nesta estrada,
Cada morte, cada possa de sangue que pisei,
Ou cada espinho, as pedras afiadas
A geada fria e a terra quente…
As caminhadas, marchas  ou escaladas!


Meus sapatos, meus amigos protetores
Foram  e são testemunhas silenciosas
Das dores, conquistas, amores 
E aventuras por mim vividas, nesta
Longa e incansável trilha na jornada 
Da  minha vida.


É pena que muitas das vezes
Com os humanos seja exatamente assim…
Depois de servir até gastar é jogado fora
Descartado por ser usado, sem valor
Nem sentimentos, tal e qual
Um sapato velho!


José Ignácio Godoy
Bruxo Godoy

A MORTE É O MELHOR PONTO DE REFERENCIA ATÉ O CEMITÉRIO