Menino,

Treze ou catorze anos,

Porte médio afeito aos trabalhos,

Do campo e da lavoura,

Hera ele forte ágil e corajoso!

 

Aos finais de semana,

Chamava seus dois cachorros,

Colocava o facão na cinta e,

Pés descalços…

Espirito aventureiro embrenhava-se,

Nos ermos das matas!

Aprendeu assim,

A amar a floresta rios pássaros e,

Animais versando sua prosa,

No silêncio da noite ou dormindo,

Seus sonhos no sossego de alguma,

Frondosa árvore cujas raízes afloradas,

Criavam certa proteção!

Que menino teria hoje,

Esta liberdade corajosa e inocente,

Para bailar com as nereides gnomas,

Ou sílfides sob os raios da lua…

 

Que país deixariam,

Os filhos embrenharem-se nas matas,

Com um facão dois cães e,

Uma caixa de fósforos!

Quantos sustos, tanta vida esquecida,

Hoje nas matas escondida…

Seus mistérios rangidos assobios 

e urros,

Grasnados ou cantos e encantos!

 

Meu Deus,

Quanta saudade eu tenho,

Pois é verdade e fato,

Eu sou aquele feliz menino do mato!

 

José Ignácio Godoy

Bruxo Godoy