Em seu minguado e cíclico sono,
Céu escuro inverno perene,
Estrelas bordadas na colcha da lua,
Que hora ressona seu ninar…
Inverno no sul,
Dias límpidos e noites frias,
Belezas da vida na frente da lareira,
Um bom vinho e suave companhia,
Boa musica e muitas caricias!
Delicias da vida…
A brisa invernal bailando canções,
No sino dos ventos, então o,
Poeta canta louvores de gratidão,
Pois em seu coração palpita o amor,
Por viver na carne as belezas de Deus!
Nem tudo é festa,
Nem tudo é amor ou alegria,
O frio faz vitimas na solidão,
Das marquises ou nas frestas dos barracos,
Onde a criança chora seu frio na desdita,
Da pobreza!
Assim é a vida,
Assim segue a humana raça,
Assim são as imutáveis leis cósmicas,
Cada um com sua cruz,
Cada um, em fim com suas dores…
Mas certamente todos,
Sorrirão quando chegar o verão,
Tendo pão e teto haverá felicidade, e,
Tão certo quanto são quatro as fazes da lua,
Haverá conforto nos barracos ou,
Nas marquises!
José Ignácio Godoy
Bruxo Godoy