Estranhamente ao andar
A vida para frente; andou,
O tempo para traz, e tudo que,
Um dia foi sonho projeto ou desejo,
Hoje, é real, ou desapareceu,
Nas dobras do esquecimento.
Sonhamos diante do espelho,
Pois no fundo das ilusões
Mora a transparência da vida,
Sem esta semente de sonho
Viveríamos o paraíso a desfrutar!
Mas no vasto campo da mente
Nosso coração teima seus sonhos
Amores e desejos realizar,
Iludidos filhos de Eva…
Perdidos na eira do lavrador
Colhemos cicatrizes cansaço
E rugas, mas da colheita não desistimos!
Ensinamos ainda, aos filhos,
O cultivo das ilusões na lavoura de suas mentes,
Fechando para sempre de semente
Em semente o cíclico, caminhar…
Desta nossa humana raça
Pela eira do destino na roda da Vida,
Eternamente a vagar!
José Ignácio Godoy
Mago Peregrino