O cronômetro é
meu inimigo

O contar do tempo para frente
É um eterno  retroagir,
Pois quando…  Em ordem crescente este 
Cronômetro foi acionado,
Começaram passo a passo
Os meus movimentos para frente,
Deixando para trás quem sou
E avançando sempre rumo ao novo…

Já não sou, mas sim serei,
Sim, serei quem fui, uma vez que,
Por força do cronômetro
Até mesmo o serei transformar-se-á no fui,
Aí então não sou, não fui, nem serei,
Não como carne, nem como pecado
E sim… Com a esperança firme,
Na fé sólida da volta.

José Ignácio Godoy
Bruxo Godoy