Toda manhã
Ele pousa no alpendre da varanda
E canta, canta a alegria, do novo dia,
Canta a vida e seu esplendor!
Canta o amor para seu amor,
Canta e encanta pela melodia que desconhece
Apreensão e medo! Seu canto não tem segredo
É louvor pela vida e gratidão ao criador,
A plasticidade simples de suas notas
E a leveza de seu canto é beleza e perigo!
As gaiolas e viveiros sempre tem lugar
Para este exímio cantor,
E que mesmo encarcerado canta,
E encanta com seus gorjeios e dobrados!
Pena que o homem tenha tanto zelo
Pelo belo de seu canto, e nem um
Respeito por sua liberdade, fazendo-o,
Prisioneiro nas gaiolas da cidade…
Sempre cobrindo a floresta de dor e pranto!
Sempre cobrindo a floresta de dor e pranto!
E você amigo… Já agradeceu por sua
Liberdade?
José Inácio Godoy