De
joelhos…
Segurando
a vida pelo
Pelo
fio de sangue que lhe fugia
Do
peito, ele olhou-me e disse,
Que
havia feito um despropósito
Ao
amar mais uma mulher
E
menos a própria vida!
Não
me toques, disse-me ele!
E
emendou, se cheguei até aqui,
Que custas
terei em olhar a morte nos olhos?
Pois
que estando na vida saudável
Jovem
e feliz amei mais uma mulher
Do
que a mim mesmo, amei sim,
Uma
jovem mulher… Ato continuo
Apontou
para o quarto.
No
quarto uma jovem
Jazia
tombada sobre o criado mudo
Sem
vida enquanto escorria lhe rubro filete
De um
dos seus ouvidos, voltei até,
A
sala e tentei ajudar o moribundo
Estancando
no peito o sangramento,
Apenas
tentei, e fui devidamente,
Convencido
a não o fazer, sob a convincente
Eloquência
de uma pistola 380
Na
minha cabeça apontada…
Recuei
Dois passo
e então ouvi o estampido
Fatal,
ele detonará agora na têmpora,
Seu
tiro de misericórdia.
Morria
ali aos meus pés uma paixão
Incandescente
que um dia fora amor inocente
E
agora sob o peso dos ciúmes,
Tingia
a vida de vermelho, na tragédia,
Dos
amantes, hora finados naquele apartamento!
José
Ignácio Godoy
Bruxo
Godoy
A MORTE É O MELHOR PONTO DE REFERENCIA ATÉ O CEMITÉRIO