Na
chuva fina, caminhava pé descalço,
Manhã
fria de inverno.
Menino
ainda amava o cheiro da mata,
Conversava
com árvores bichos e rochas.
Coração
livre da maldade maliciosa,
Vivia
ali anos de aprendizado,
Com
gnomos fadas duendes e os elementais…
Vivia
ali os melhores anos de sua vida
E, se
é um homem hoje, o é devido,
Aos
valores morais e espirituais
Ali
aprendidos.
Sim
ele ainda é o menino descalço,
Na
fria manhã de inverno!
Gratidão
sempre!
Duras
lições,
Na
viciada malícia da cidade
Maldosa
corrompida e fria…
Sufocada
pureza, o menino virou pai,
Bombeiro
policial de elite, herói e vilão,
A
sobrevivência foi verdugo do seu coração.
Saudades
da cachoeirinha,
De
pedras negras onde brincava de Tarzan,
Dos
pinheirais e dos bois que,
No
jugo domava!
Saudades
da inocência aos poucos sufocada
No
progresso do menino que hoje
Dorme
na solidão as saudades do seu chão
Onde
descalço, hera feliz e nem sabia!
Eu
fui o menino que sou! E você quem é?
José
Ignácio Godoy
Bruxo
Godoy
A MORTE É O MELHOR PONTO DE REFERENCIA ATÉ O CEMITÉRIO