Quando
cai a chuva…
cai a chuva…
O
sertão chora sua gratidão,
sertão chora sua gratidão,
Na
sombra da paineira,
sombra da paineira,
São
pingos e goteiras de bênçãos,
pingos e goteiras de bênçãos,
Temporãs
irrigando esperanças!
irrigando esperanças!
Só
quem vive o flagelo,
quem vive o flagelo,
Da
seca e da sede sabe quão aterrador,
seca e da sede sabe quão aterrador,
E
temerário é o veneno do sol,
temerário é o veneno do sol,
Na
terra seca e sem vida!
terra seca e sem vida!
No
verde morto,
verde morto,
Dos
arbustos secos,
arbustos secos,
Nas
ossadas esbranquiçadas,
ossadas esbranquiçadas,
Pela
morte, ressequidas…
morte, ressequidas…
Ficam
os rastros da fome, e,
os rastros da fome, e,
No
coração desfalece a fé matando a razão!
coração desfalece a fé matando a razão!
O
resto é discurso politico,
resto é discurso politico,
E
promessas que afagam o coração,
promessas que afagam o coração,
Na
ilusão de que fará o doutor,
ilusão de que fará o doutor,
Chegar
chuva no sertão!
chuva no sertão!
Então,
Quando
cai a chuva…
cai a chuva…
No
sertão, Deus é fartura,
sertão, Deus é fartura,
E nas
mãos do sertanejo a colheita,
mãos do sertanejo a colheita,
É
feita de amor e gratidão,
feita de amor e gratidão,
Pois
na politica divina mora a verdadeira,
na politica divina mora a verdadeira,
Salvação!
José
Ignácio Godoy
Ignácio Godoy
Bruxo
Godoy
Godoy
A MORTE É O MELHOR PONTO DE REFERENCIA ATÉ O CEMITÉRIO