Ter alma,
É ter consciência de si,
Mas não… da grandiosidade do ser,
Pois o ser,
Vai muito além do si e perde-se,
Na infinitude do ente!
Quem seria então o ente,
Senão uma fagulha do Todo,
Dando existência para a alma,
Já que, segundo Sócrates os animais,
Possuem alma!
Em si não há racionalidade, mas,
O ente é o diferencial racional…
Pois o ente manifesta a deidade,
Em seu grau menor, uma centelha!
De forma que,
O ser seria a mônada da alma,
Algo imanente na mente do Todo,
A qual insuflada de virtude semeia a vida,
Virtuosa do homem!
Grande Sócrates… Pergunto-lhe então,
O privilégio seria dos homens,
Ou dos animais por desfrutarem ambos,
A gloria de ter alma?
O si o ente e a alma…
São a luz da sabedoria,
Levando consciência em graus diferenciados,
Para os vários estágios evolutivos,
Do espirito na eterna caminhada do vir a ser!
Não eu não sei…
Não eu não afirmo…
Apenas firmo em frases e letras,
Algo transbordante poderosamente,
Borbulhante que em mim se derrama!
José Ignácio Godoy
Bruxo Godoy