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O ciúme é um vazio sem remédio,
O ciúme é um fruto seco,
Uma flor sem perfume,
O ciúme é um olhar sem horizonte!

O ciúme é,
A inveja vestida pela mesmice agridoce,
Dos dias vazios perdidos no cinza,
Da desperança… Sim dias onde falta,
O colorido da esperança afeita aos sonhos e ilusões!

O ciúme é,
Feito mortalha, vestindo desejos mortos,
Ainda na matriz geradora… Não,
Definitivamente não há remédio que restaure,
O colorido da vida ao espírito embriagado pelos ciúmes!

O ciúme é,
Apaixonado pelas sinuosas curvas da inveja, e,
A inveja é a madrasta de todos os pecados,
Ela alimenta e conduz em seu colo,
A injuria a difamação e a mentira  e seus rastros são,
Injustiça e lagrimas, muitas lagrimas…

Miséria e necessidade dormem na cama da inveja,
E fazem amor com o medo…
Medo e inveja são venenos alimentando,
Os devaneios sem nexo dos desvalidos por escolha própria!

Os filhos do ciúmes rastejam nas sarjetas da vida,
Com o coração e o espirito roto em alma negra,
Destilando maldade por serem fracos
E incapazes de suportar a felicidade alheia!

José Inácio Godoy
Mago Peregrino