Ela esperou seu tempo,
No templo do amor ela guardou,
Sua frágil esperança, namorou a saudade,
E fez amor com as lembranças!
Porém, de sua paixão…
Sobraram apenas os soluços,
No silêncio imposto pela dor da guerra,
Não há mais sonhos e as ilusões morrem em confronto!
Ele perdeu a inocência abraçou a morte por clemência,
Sumiu nas trincheiras o menino de sonhos claros,
Sem vida na lida dos descaminhos o coração petrificou,
Seu amor é só vaga lembrança…
Um sonho bom que sozinho ficou sem ninho!
Toda guerra já nasce perdida,
A violência fez rios de lágrimas e sem piedade,
Manchou as mulheres da Síria… Mulheres indefesas,
E ela, sim ela foi vilipendiada usada cuspida e depravada!
A menina que sonhava com o amor em Damasco,
Morreu agonizando… Seus gemidos não encontraram clemência,
Foi abandonada na beira de uma estrada chamada liberdade,
Pois a vida para ela foi um sonho breve que passou,
Sim um sonho que passou…
Os sonhos vivem morrem e tornam a nascer,
O amor é assim eterno no entanto ele dá e passa,
Deixa porém rastros nas areias do tempo para a eternidade,
Mas, na Síria o amor a ilusão e os sonhos morreram,
Com a inocência de um paixão que a guerra matou!
José Inácio Godoy
Mago Peregrino