O insólito baila invencível nas artimanhas do tempo,
Ele hora espalha hora ajunta…
Assim as variáveis do tempo se fazem sorte ou infortúnio,
E nada há que preencha o vazio do tempo,
Que não o próprio tempo!
Mas segundo os sábios para tudo há um tempo,
Tempos de guerras, medo dores e lagrimas…
Tempos de paz, amores e paixões ardendo volúpias pela vida,
Tempos macios de amores inocentes feitos de pureza angelical,
Tempos estranhos do amor saudoso adormecido num cantinho da saudade!
Nas asas do tempo levamos nossas vidas…
E na arena dos sonhos o poema é você,
Mulher desnuda em minhas retinas vestida de amor sem tempo,
Implorando prazeres urgentes em delicias pungentes que ora,
Componho dedilhando em tua pele um poema de mil caricias!
Sorvo em ti agridoce segredo,
Perdido no tépido delta de tuas coxas,
Embebedando meu tempo no teu templo de prazeres escorregadios,
Pois a brevidade que assusta é a eternidade que nos roubará a carne,
Então nosso estranho amor será brisa suave que o tempo levou!
Te juro… Nem nos meus sonhos mais loucos,
Imaginei um amor assim dengoso perigos e urgente,
Seios empinados biquinhos entumecidos e pelos eriçados,
Nosso corpos em fogo perdidos com ânsias e desejos,
Buscando um no outro a própria devassidão vivendo no seu tempo,
A brevidade do tempo e na carne suprema satisfação!
José Inácio Godoy
Mago Peregrino