Habilidade, jogo de cintura,
Ou doutorado no jeitinho brasileiro,
Cada um de nós com seus molejos e reboladas,
Na hora das desculpas somos exímios e escorregadios,
Conseguimos nos sair bem… Ou quase!
Sim todos sem exceção vez ou outra,
Lançamos mãos ao nosso arsenal de desculpas,
Em casa no trabalho ou entre amigos,
Sempre tiramos um coelho da cartola para contornar,
As nossas falhas esquecimentos ou mancadas!
Sim isso é humano,
Mas e´um jeitinho burro de ser cortês e desculpar-se,
Sendo que na maioria das vezes as desculpas são mentiras,
Para salvar nossa pele… É uma pena, mau habito,
Falta de educação respeito e honestidade nossa de cada dia!
É eu sei,
As vezes evitamos mal entendidos, ou discussões desagradáveis,
Eu tento, eu juro… Mas francamente fico triste com as desculpas,
Vivo zilhões delas ouço e me calo na tristeza da mentira alheia,
Que pena viu, é chato saber que você mentiu para mim!
Mas chato mesmo é ser pego na mentira,
Desculpas esfarrapadas… Afff, eu não sei mentir,
Caio de boa, minha esposa sabia da minha fraqueza,
Mesmo quando eu tentava lançar mão de uma boa desculpa,
Ela me apanhava… Eu definitivamente me entregava sorrindo!
Assim, sempre que uso desculpas,
Ainda que por fatos reais me sinto um trapaceiro,
E você? Pois é, somos todos um… Um reflete o outro,
Repetimos a vida nas esquinas de nossos dias,
Mentimos desculpas na criativa fuga da verdade!
Mas quem atirará a primeira verdade,
Ora que temos todos o mesmo telhado de vidro,
Sim Sejamos francos, vamos falar a verdade para viver,
Um amanhã real fora das ilusões que sempre desatam,
Rios de lágrimas em rubro rosto de vergonha!
José Ignácio Godoy
Mago Peregrino